Olhos verdes
O poema "Olhos verdes" figura em Últimos cantos (1857), de Gonçalves Dias (1823-1864). Nele, o eu lírico exalta, em tom nostálgico, certos olhos verdes, pelos quais ficara perdido de amor. Como epígrafe, traz quatro versos de Camões (c.1524-1580) sobre o mesmo tema: "Eles verdes são:/ E têm por usança/ Na cor esperança,/E nas obras não." O poema de Gonçalves Dias se estrutura em estrofes de oito versos: os cinco primeiros e o sétimo, redondilhas maiores (7 sílabas métricas), e o sexto e o oitavo, redondilhas menores (5 sílabas métricas). Os versos de Camões que servem de epígrafe são redondilhas menores.