Referência / Nota textual

Custa-me a crer que eu vá casar deveras

Assim está Jornal das Famílias (janeiro de 1868 ) e em edições posteriores, e por isso manteve-se aqui. Esse tipo de construção ("custa-me a crer") é relativamente comum na prosa de Machado e de outros autores do século XIX. No entanto, não é a construção ideal, pois o verbo "crer" é o sujeito (a oração subordinada subjetiva) do verbo "custar" e, como tal, não pode ser precedido de preposição. Em ordem direta, o período seria: "Crer que eu vá casar deveras custa-me".

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